O curioso sobre esse tópico é considerando o tamanho da obra envolvendo Forgotten Realms como um todo, praticamente não encontrei materiais sobre como cada região se desenvolve em termos de agricultura, caça e coleta. Encontrei sei um post que reúne várias respostas do Ed Greenwood no twitter sobre esse tema e estou usando ele mais alguns materiais soltos para construir esse post.
Em resumo, a Costa da Espada é uma região que vibra com uma rica tapeçaria de vida, desde suas práticas agrícolas até sua fauna diversificada. A compreensão desta biodiversidade é crucial para qualquer aventureiro, estudioso ou habitante que chame esta terra de lar.
Segundo Ed Greenwood, tanto os fazendeiros como os empregados de palácios e mansões entendem o conceito de compostagem. Eles misturam resíduos vegetais e marrons (como folhas secas) para criar um solo rico e fértil. Este é um indicativo da relação simbiótica que os habitantes têm com a terra.
Ainda segundo Ed Greenwood, Goldenfields é conhecido como o “celeiro do Norte” e fornece uma grande quantidade de grãos para a região. Além de grãos como o trigo, uma variedade de vegetais é cultivada em toda a Costa da Espada. Ele também menciona que quase todos os tipos de vegetais são cultivados e em conserva para garantir o abastecimento durante o inverno.
O algodão é outra cultura que encontra seu lugar em Forgotten Realms, especialmente nas regiões de Vilhon e Amn oriental.
Greenwood também aponta que muitas pessoas cultivam seus próprios alimentos, mesmo em ambientes urbanos. Jardins em varandas de edifícios e cogumelos cultivados em porões são comuns. Além disso, quase todos caçam e pescam para complementar sua dieta.
Algumas cidades como Lua Argêntea (Silverymoon) contam com breves descrições como a flora está ligada a cidade e a cultura local.
"A Jóia do Norte é um lugar deslumbrante com curvas amplas, torres altas e estruturas construídas nas árvores vivas. Para muitos elfos, a cidade é uma lembrança das antigas cidades élficas de antigamente; alguns a chamam de Mito Drannor do Norte, mesmo hoje em dia após a restauração e subsequente queda daquela cidade lendária. Mesmo onde a pedra é empregada na construção, a hera e outras plantas vivas crescem através, sobre ou ao redor da maioria dos elementos estruturais, dando à maior parte da cidade um tom verde."
O maior bloco de floresta da Costa da Espada é conhecido como The High Forest (As Florestas Altas). Mas apesar de ser uma das maiores áreas florestais existem poucas informações proporcionalmente a como os biomas funcionam e qual a gama efetiva de possibilidades. Parece que tudo foi propositalmente deixado por conta da imaginação dos jogadores/narradores. Algumas informações soltas também existem no livro The Savage Frontier, de 1988 para AD&D, por isso vou adicionar algumas ideias minhas para “apimentar” as coisas.
As florestas da Costa da Espada são ricas em uma variedade de plantas e árvores, algumas das quais têm propriedades mágicas. A Floresta do Manto e Trollbark são exemplos notáveis. Aqui eu encontrei na Wiki um link para o forum original de 2007 onde Ed Greenwood responde melhor sobre esse assunto.
Adaptação sobre Trollbark (não sei como foi traduzido esse nome, comente nesse post caso saiba). Esta floresta era amplamente desprovida de aves e pequenos animais da mata, já que foram dizimados pelos habitantes monstruosos da floresta. Ela também era lar de uma variedade de árvores monstruosas, tanto carnívoras quanto venenosas. Entre as variedades comuns de árvores que podiam ser encontradas aqui estavam carvalhos retorcidos, freixos negros e pinheiros rasteiros. Devido à folhagem espinhosa da floresta e à presença de cobras venenosas, ela era vista como um terreno de caça para monstros que eram resistentes a tais toxinas. Isso incluía lesmas gigantes de pele verde e manchas marrons que se alimentavam principalmente das folhas e musgos da floresta. Esta floresta serve como um exemplo sombrio dos perigos que podem surgir quando o equilíbrio natural de um ecossistema é perturbado, tornando-se um refúgio para criaturas que prosperam em ambientes hostis.
Em um ambiente como o da Floresta Sombria, onde as árvores parecem mortas e petrificadas e a atmosfera é fria e pútrida, é provável que as espécies de árvores sejam adaptadas a condições extremas e possuam características bastante únicas. Aqui estão algumas ideias para tipos de árvores que poderiam existir lá:
Árvore de Ébano Sombrio: Um tipo de árvore de madeira escura que poderia existir na Floresta Sombria, conhecida por suas propriedades mágicas. A madeira é usada em feitiços e rituais necromânticos.
Carvalho Petrificado: Estes carvalhos parecem comuns à primeira vista, mas são incrivelmente resistentes, como se fossem feitos de pedra. Seus galhos e folhas seriam retorcidos e espinhosos.
Freixo Negro: Similar ao freixo comum, mas com uma coloração negra e folhas que exalam um odor nauseante quando quebradas. Possivelmente usado em poções e alquimia.
Pinheiro Espinhoso: Uma espécie de pinheiro que tem espinhos em vez de folhas, adaptados para capturar pequenos animais que possam se aproximar. O tronco liberaria uma seiva venenosa quando cortado.
Árvore de Sangue: Esta árvore teria uma seiva vermelha que se assemelha ao sangue, possivelmente com propriedades curativas ou venenosas.
Salgueiro Lamentador Tóxico: Um tipo de salgueiro cujas longas ramas pendentes seriam cobertas de espinhos venenosos. O choro do salgueiro poderia ser literalmente letal.
Árvore-Espírito: Essas árvores seriam raras e envoltas em magia selvagem, possivelmente servindo como portais para outras dimensões ou como fontes de poder arcano.
Caracterizada por árvores negras e petrificadas e um solo de tonalidade vermelha. O ambiente torna-se notavelmente frio e o ar adquire um cheiro de morte e decomposição ao entrar na floresta. A magia selvagem é uma presença constante, causando ilusões sensoriais nos visitantes.
Um bosque circular de carvalhos mágicos que oferece aos visitantes visões espectrais de eventos e pessoas históricas. As experiências são tão reais que os visitantes frequentemente retornam com ferimentos e lembranças físicas.
Teixo Eterno: Essas árvores teriam uma longevidade incrível e seriam quase indestrutíveis. Elas serviriam como um lembrete da história imortal dos elfos em Faerûn.
Flor da Memória: Uma flor rara que, quando cheirada, desencadeia visões e memórias do passado. Poderia ser tanto uma bênção quanto uma maldição, dependendo das memórias invocadas.
Hera da Conexão: Uma planta trepadeira que conecta várias árvores na floresta, simbolizando a interconectividade da história e dos eventos. Talvez tenha propriedades mágicas de vinculação.
Musgo do Tempo: Um musgo que cresce apenas nesta floresta e tem a capacidade de retardar o envelhecimento de quem o consome, embora com alguns efeitos colaterais potencialmente indesejados.
Lírio Espectral: Uma flor que só aparece durante certas fases lunares ou eventos astronômicos, ligada ao plano espiritual e usada em rituais de comunicação com os mortos ou visões.
Grama dos Sonhos: Uma grama comum à primeira vista, mas pisar nela poderia induzir estados de sonho lúcido ou visões, úteis para adivinhação ou cura emocional.
Semente da Vida: Um tipo muito raro de semente que só pode ser encontrada na Sorrowwood. Quando plantada, poderia crescer em qualquer tipo de árvore ou planta que já tenha existido em Faerûn, servindo como um banco de genes mágico para a flora do mundo.
Uma seção da Floresta Alta que é conhecida por conter algumas das árvores mais antigas da região. É mantida por druidas que se dedicam à proteção dessa área de floresta.
Na região das Árvores Altas (Tall Trees), que é uma seção nordeste da High Forest em Faerûn e que contém as árvores mais antigas da floresta, você poderia esperar encontrar uma grande variedade de plantas e árvores veneráveis, muitas das quais seriam endêmicas ou raras. Aqui estão algumas ideias:
Carvalho Gigante: Estas árvores seriam imensamente grandes e antigas, provavelmente com centenas ou mesmo milhares de anos de idade. Elas serviriam como os pilares da floresta e abrigariam várias espécies de fauna.
Cedro Eterno: Essas árvores perenes representariam a longevidade e a resistência da floresta, capazes de sobreviver através das estações e dos séculos.
Pinheiro Celestial: Uma espécie rara de pinheiro cujas agulhas parecem brilhar sob a luz da lua, criando um efeito mágico que atrai e protege criaturas benignas. É talvez seu melhor ponto para acampar.
Líquen Sábio: Um líquen que cresce em padrões intrincados e que pode ser usado para a fabricação de poções de cura ou elixires de memória.
Flor da Lua: Uma flor que floresce apenas à noite e que tem a capacidade de refletir a luz da lua, talvez com propriedades mágicas que ajudam na visão noturna ou mesmo na adivinhação.
Grama da Harmonia: Uma espécie de grama que cresce abundante no solo da floresta, conhecida por suas propriedades calmantes. Quando pisada, ela libera um aroma que induz a estados de calma e equilíbrio emocional.
Trevo Ancestral: Um tipo de trevo de quatro folhas que é incrivelmente raro e que traz sorte excepcional para quem o encontra. Mas é um veneno poderoso que mata quando fica muito tempo em contato com o sortudo.
Vinha do Guardião: Uma planta trepadeira robusta que é conhecida por suas propriedades defensivas. As vinhas podem se enrolar rapidamente em torno de intrusos, restringindo seu movimento.
Localizada no noroeste da Floresta Alta, esta floresta é vigiada por entes e é um exemplo notável de fauna mágica e divina agindo como guardiães naturais de ecossistemas vitais.
Cada uma dessas florestas possui suas próprias peculiaridades e mistérios, tornando-as locais de grande interesse para exploradores, naturalistas e aqueles interessados em magia e história.
Se houverem comentários de interesse eu posso expandir esse artigo construindo material para todas essas florestas.
Coelhos, galinholas (também conhecidas como “blusterwings”) e outras aves são caçadas em grande quantidade. A pesca também é uma atividade comum, fornecendo uma fonte vital de proteínas para as comunidades locais.
Além de caça e pesca, a carne é uma parte importante da dieta local. Greenwood sugere que grandes cidades costeiras como Waterdeep recebem um fluxo constante de alimentos por navio, incluindo carnes.
Existem passagens que detalham um pouco do uso de animais aplicados a Guerras também para Cidades como Daggerford e como os sistema de estábulos é usado.
"O maior e mais antigo edifício em Daggerford é o castelo ducal, uma torre de menagem de três níveis cercada por um muro de dois andares que contém sua própria ferraria, um amplo campo de desfiles e estábulos para um grande número de animais. Os duques de Vau da Adaga sempre mantiveram uma despensa bem abastecida, capaz de alimentar os habitantes do castelo e quaisquer cidadãos que pudessem se abrigar lá dentro durante um cerco."
Galinhola (Blusterwing): Esta espécie de ave terrestre de caça habita os campos de grama alta e busca alimentos nessas regiões. Frequentemente caçadas para alimentação, as galinholas são uma fonte sustentável de proteína para muitos habitantes da Costa da Espada.
Pombos: No noroeste de Faerûn, os pombos são especialmente prevalentes no North Ward de Waterdeep, a ponto de se tornarem o mascote do bairro. Em Halruaa, essas aves são criadas tanto para serem usadas em magias de adivinhação quanto para servir como um prato popular de pomba assada.
Halruaa: Este local é notório por seu uso de pombos em magia de adivinhação. Os padrões de voo aleatórios das aves são lidos em determinados rituais de augúrio. No final do século 14 DR, Procopio Septus, o prefeito de Halarahh, criou um método para ler o futuro nos voos de pombos magicamente atraídos para sua cozinha para uso culinário subsequente.
Vacas: Muitas receitas em todo Faerûn requerem produtos específicos de vacas, como queijo pimenta e várias variedades de Elturian Grey, que usa queijo, e breek, que usa carne bovina. Tais produtos são exportados por toda Faerûn, bem como as próprias vacas, por exemplo, de Chessenta e Saradush. As vacas normalmente são vendidas por cerca de dez peças de ouro e frequentemente são usadas como mercadorias de troca. Habitantes de Faerûn são conhecidos por nomear edifícios como tabernas em homenagem a essas criaturas, como a “Happy Cow” em Daggerford e a “Blue Cow” em Saerloon.
O universo de Faerûn é notavelmente diversificado em sua flora, fauna e geografia, oferecendo uma tapeçaria rica e complexa que fascina tanto acadêmicos quanto aventureiros. De bosques encantados como a Sorrowwood, que transporta visitantes através de visões espectrais do passado, a florestas sombrias como a Dire Wood, onde árvores petrificadas e magia selvagem criam um ambiente inóspito e misterioso, cada local tem seu próprio ecossistema único e uma mistura de características culturais e mágicas.
Esses ambientes não apenas formam a espinha dorsal de muitas aventuras, mas também são cruciais para o equilíbrio ecológico e mágico de Faerûn. Eles são um lembrete de que, mesmo nas terras mais selvagens, a magia e a natureza coexistem em um delicado equilíbrio. Como a ameaça de invasores como os saqueadores Najaran aumenta, a importância de entender e preservar essas áreas se torna ainda mais crítica.
Esse post tem potencial para ficar gigantesco, quase um livro, mas tentei me ater ao que estava disponível que eu já conhecia e ao que eu lidei mais comumente ao das ultimas décadas em Dungeons and Dragons.
Caso tenha realmente gostado desse post comente quais partes mais gostou e quais você gostaria que eu expandisse.
Outros artigos publicados por mim, aqui.
Quando mestro sessões de RPG, sempre busco maneiras de mergulhar meus jogadores mais profundamente na… Read More
Vou te levar agora por uma fascinante jornada pelo mundo dos Board Games, mergulharemos na… Read More
Narrar uma sessão de RPG é como tecer uma tapeçaria de histórias, e eu acredito… Read More
Em qualquer tipo de jogo, a personalização sempre foi um aspecto importante para os jogadores.… Read More
Bem-vindo ao nosso guia definitivo dos 10 principais pontos turísticos de Baldur's Gate, uma cidade… Read More
Visão geral do Druida O Druida é uma das classes mais versáteis e complexas em… Read More
